Entrevista feita pelo site Vagalume com a galera da banda Velhas Virgens uma das maiores bandas independentes do Brasil postada aqui no Oeste Rock'n'Roll para que sirva de incentivo as novas bandas que vem surgindo nos últimos anos no no nosso país.
A Velhas Virgens sempre inovou no cenário independente. Desde o lançamento de DVD até o lançamento de Cubanajarra. Qual a próxima inovação que a banda pretende levar ao seu público?
Estamos com dois projetos em vista. O primeiro já está quase pronto e deve sair ainda esse ano que é a HQ das Velhas Virgens. Um álbum com 4 histórias e 100 páginas com os integrantes da banda virando os personagens e as músicas roteiro das histórias. Já está sendo finalizado e deve sair nas livrarias em novembro por uma editora de Santos-SP chamada Realejo.
O segundo projeto é um CD novo que vai ser uma espécie de ópera rock embriagada. As músicas irão contar uma história e queremos transformar em um musical. Ainda não sabemos se vai ser possível ou se temos competência para tanto mas o Paulão e eu já estamos trabalhando na preparação do roteiro.
O segundo projeto é um CD novo que vai ser uma espécie de ópera rock embriagada. As músicas irão contar uma história e queremos transformar em um musical. Ainda não sabemos se vai ser possível ou se temos competência para tanto mas o Paulão e eu já estamos trabalhando na preparação do roteiro.
A banda sempre se destacou no cenário independente, com um público muito cativo. Depois de 20 anos de estrada, vocês acham que muita coisa mudou?
Já vamos pra 22 anos de estrada em outubro de 2008. O que mudou foram as cabeças das pessoas. Hoje há muita liberdade por um lado. Podemos falar de qualquer assunto sem se preocupar se o cd vai sair ou não. Por outro lado, coisas como a Lei Seca e o tipo de precedente que isso pode acarretar tente a cercear a liberdade das pessoas.
Veja bem, não estou sendo contra a Lei ou qualquer outra que ajude a população. Só acho que ela está sendo aplicada de modo indevido. Estão confundindo as coisas ao tratar um cara que toma um cálice de vinho com a namorada do mesmo jeito que outro que toma tudo e sai por aí matando.
Veja bem, não estou sendo contra a Lei ou qualquer outra que ajude a população. Só acho que ela está sendo aplicada de modo indevido. Estão confundindo as coisas ao tratar um cara que toma um cálice de vinho com a namorada do mesmo jeito que outro que toma tudo e sai por aí matando.
Muitos admiradores da banda não conseguem imaginar vocês sérios. Apesar das letras e do comportamento de vocês no palco, uma coisa muitos fãs têm curiosidade de saber. Os integrantes da banda se levam a sério, seja em gravação de disco ou ensaio, ou esse clima de deboche é presente em todas as horas?
Não dá pra levar a vida muito a sério senão fica tudo muito chato. Mas tem momentos que é preciso ser sério e organizado. Caso contrário o nosso negócio não anda. Pra fazer os cds tem esse lado bem humorado. Mas também tem muita briga, planejamento, quando envolve grana tudo fica mais complicado.
Segundo o site oficial, a Velhas Virgens faz em média 100 shows por ano. Para você existe algum show marcante ou com algum fato inusitado que tenha ficado na memória?
São muitos. Tem tanto que até escrevi um livro junto com o Ricardo Gozzi (jornalista) falando sobre as peripécias dos 18 primeiros anos da banda que saiu pela Ateliê editora e deve ir pra segunda edição em breve!
Mas o show que vai ficar na memória é o lançamento do CD “Com a Cabeça no Lugar”. Fizemos uma festa na frente do museu do Ipiranga e reunimos ali 30 mil pessoas. Chamamos bandas de todo o Brasil que vieram e tocaram com a gente. Foi inesquecível. Nós fizemos tudo. Desde arrumar o palco até as autorizações da prefeitura. Divulgação e tal, tudo sem ajuda de ninguém. Foi uma vitória.
Mas o show que vai ficar na memória é o lançamento do CD “Com a Cabeça no Lugar”. Fizemos uma festa na frente do museu do Ipiranga e reunimos ali 30 mil pessoas. Chamamos bandas de todo o Brasil que vieram e tocaram com a gente. Foi inesquecível. Nós fizemos tudo. Desde arrumar o palco até as autorizações da prefeitura. Divulgação e tal, tudo sem ajuda de ninguém. Foi uma vitória.
Sem sexo ou álcool como assunto principal, qual seria o tópico mais comum nas letras de vocês? Ou a Velhas Virgens se tornaria uma banda instrumental?
Acho que sem sexo e álcool as Velhas seriam uma banda comum. Sem nenhum atrativo. Esse é nosso diferencial. Mais que isso, creio que é nossa maldição também.
Tem alguma banda nova que tenha impressionado vocês ou que de repente vocês tenham tocado junto e gostariam de recomendar?
Tem muitas bandas interessantes no cenário hoje. Não preciso nem falar de caras como Cachorro Grande ou Matanza que tem uma mídia a favor. Mas tem bandas correndo por fora que são legais como os Ecos Falsos, Zeferina Bomba, Daniel Beleza e os Corações em Fúria, Vanquart, Forgotten Boys,Feicheclaires. Uma porção de bandas (me perdoem não lembrar de todo mundo mas a memória etílica me trai) que estão fazendo o circuito de Sampa e criando uma cena alternativa legal.
Até que ponto a Lei Seca influi no processo criativo de composições da banda?
Influencia tanto que nosso próximo disco vai abordar muito o tema. Na verdade vamos falar sobre liberdade. Vamos falar de como o mundo está ficando chato com o politicamente correto. Mais que chato está ficando enfadonho.
O cenário independente é o mesmo de antes? Ou muita coisa mudou?
Não. Hoje é um cenário muito melhor. Em São Paulo tem muitas casas de shows para um público de 500 pessoas. Coisa que antes não existia. Ou ia pra casas com 4 mil ou tocava pra cem pessoas.
Além disso, ficou muito fácil gravar então tem um monte de gente tocando e nessa aparecem bandas legais fazendo um movimento interessante.
Além disso, ficou muito fácil gravar então tem um monte de gente tocando e nessa aparecem bandas legais fazendo um movimento interessante.
Vocês têm um público cativo no Brasil. Qual a mensagem que você deixa para eles?
Continuem ouvindo e gostando da gente. Não dependemos de ninguém só de vocês!!
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